quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Crítica - A Casa Silenciosa


Por Alex Constantino




A Casa Silenciosa é uma refilmagem do suspense uruguaio A Casa (La Casa Muda) que, supostamente, se baseou em fatos verídicos que teriam ocorrido numa pequena vila uruguaia no final da década de quarenta.
Na versão americana, Sara (Elizabeth Olsen), acompanhada de seu pai (Adam Trese) e de seu tio (Eric Sheffer Stevens), retornam à antiga casa no lago para retirar seus pertences, já que pretendem vender o imóvel da família.
Quando seu tio sai em busca de um eletricista ela começa ouvir estranhos sons no interior da casa e, juntamente com seu pai, são atacados por alguém ou alguma coisa. Agora, enquanto lutam por sua sobrevivência ela deve lidar com alguns segredos obscuros que ficaram encerrados no local.
A partir dessa premissa somos apresentados a uma história que não é muito original, uma vez que os principais elementos da trama já foram vistos em outros filmes recentes. Dois deles vem imediatamente a mente, mas não seria interessante mencioná-los porque certamente estragaria sua experiência com o filme, uma vez que eles utilizam a mesma solução narrativa quanto a identidade daquilo que assombra a protagonista.
No primeiro terço do filme já é possível ter uma boa ideia de qual é o grande mistério (que só deveria ser descoberto no final), tornando-o bastante previsível e decepcionante quando no momento da reviravolta ele se confirma. Os diretores até tentam incutir certa dúvida incluindo algumas pistas falsas, mas são tão formulaicas e banais que fica difícil ser enganado por elas.
Isso sem contar o fato de que pecam em desenvolver a história até essa previsível revelação, que não se sustenta ou se justifica pelos elementos que foram apresentados até ali.
Além disso, o fraco desempenho dos atores e a inconsistência das ações dos personagens não colaboram para estabelecer o clima apropriado para filmes do gênero.
E fica muito claro que os diretores privilegiaram a forma ao invés da substância, uma vez que o marketing do filme destaca a opção por contar a história sem cortes ou edições, num longo plano sequência que compõe todos os 85 minutos de duração da película.
Confesso que tenho minhas dúvidas a respeito de terem realizado o que alardeiam, pois em mais de um momento existe a forte impressão de que houve um pequeno corte que foi camuflado para que pudesse passar despercebido, como ocorre no momento em que a protagonista está abrindo a porta do porão.
No fim das contas, é bom não depositar muitas expectativas no filme porque é o mesmo conteúdo de sempre e na mesma embalagem, ainda que se esforcem para dizer o contrário em relação à última.

Direção: Laura Lau e Chris Kentis
Roteiro: Laura Lau
Elenco: Elizabeth Olsen, Eric Sheffer Stevens, Adam Trese, Julia Taylor Ross, Adam Barnett e Haley Murphy.
Direção de Fotografia: Igor Martinovic
Trilha Sonora: Nathan Larson
Duração: 85 min
País: EUA/França
Ano: 2011
Gênero: Drama/Suspense
Previsão de Lançamento: 24 de Agosto de 2012

Nenhum comentário:

Postar um comentário