segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Garotas fotografadas


Certa vez li um conto onde garotas são fotografadas
Soube que garotas amam.
e que elas tomam cerveja.
que gostam de chocolates
e que amam ganhar no poker.
que sonham sonhar e que mais que ninguém sentem a realidade
e que num passe de mágica choram.
e num canto da mente chegam as estrelas
noutro ponto voltam para segunda-feira
que num piscar querem domingos Almodóvar
e que mais que qualquer um entendem Vírginia Wolf
que conversam com gatas.
e dizem que os anos 80 são os melhores.
soube que adoram suas idades e que só não falam
por charme.
Que respeitam e que por isso desafiam.
que são astronautas por natureza por quererem por-do-sois vermelhos ao som de helicópteros.
e que por mais que sejam garotas permitem que homens fiquem perto demais, tão perto e que poucos se dão conta disso.
que por eles ajeitam os caminhos para ficarem.
...
certa vez Li, um conto de garota fotografada.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Saia

sei não fazer verso
senão...
em barra de saia
rima poria.

iria de coração
as flores, nuances das cores
da falta de cor cheirar as gotas da chuva
de outono, que deslizaram nas sardas dela..

de lá sentiria não a falta, mas talvez um pouco
também do cá.
E de bem aqui sinto o eterno cheiro de chuva.

Rima poria
mas e a barra? Ah... a barra da saia.
se não...
seria ver só.