domingo, 21 de dezembro de 2008

A simplicidade genial de Woody Allen


Antes de mais nada, trilha sonora maravilhosa.
Depois disso, a cena do convite para Oviedo com a cara da Scarlett Johansson vale o filme.
Penélope Cruz e ponto
Javier Bardem e .
Para aqueles que não viram. Vejam.
Para aqueles que verão pela cena de ménage entre os três saiba que tem um quarto individuo em cena, Então não seria menage, enfim, vejam.
Para aqueles que viram e não gostaram...peço que revejam não só o filme mas a filmografia de Allen.
Peço também que assistam "Encontros e Desencontros" para ver outra Scarlett Johansson, para que vejam "Volver" por Penélope Cruz e para que assistam "Sombras de Goya" ou "Onde os fracos não têm vez" por Bardem e pelo Cinema.
Sobre a "histórinha" do filme é simples, são duas amigas que vão passar o verão em Barcelona, agora em se tratando de verão e em Barcelona todos nós sabemos que não será simples e é neste ponto que entra a simplicidade genial de Woody Allen que com coisas simples e mais humanas impossível nos conduz a situações que gostaríamos que fossem conosco, tudo num ritmo latino que só um dos mais ranzinzas dos judeus Nova Yorquinos sabe fazer.
O filme é simples, humano, quente, dançante, sensual, sexual, ágil, "Joder" o filme é ...ótimo. Não é um filme da Vicky, da Cristina, de Barcelona, do Woody Allen é um filme para quem gosta de cinema e de um bom cinema.


Ficha Técnica
Título Original: Vicky Cristina Barcelona
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 96 minutos
Ano de Lançamento (EUA / Espanha): 2008
Site Oficial: www.vickycristina-movie.com
Estúdio: Mediapro / Gravier Productions / Antena 3 Films
Distribuição: The Weinstein Company / MGM / Imagem Filmes
Direção: Woody Allen
Roteiro: Woody Allen
Produção: Letty Aronson, Stephen Tenenbaum e Gareth Wiley
Fotografia: Javier Aguirresarobe
Desenho de Produção: Alain Bainée
Direção de Arte: Iñigo Navarro
Figurino: Sonia Grande
Edição: Alisa Lepselter
Efeitos Especiais: Big Film Design


Elenco
Javier Bardem (Juan Antonio)
Scarlett Johansson (Cristina)
Rebecca Hall (Vicky)
Penélope Cruz (Maria Elena)
Chris Messina (Doug)
Patricia Clarkson (Judy Nash)
Kevin Dunn (Mark Nash)
Julio Perillán (Charles)
Pablo Schreiber (Ben)
Carrie Preston (Sally)
Zak Orth (Adam)
Abel Folk (Jay)
Josep Maria Domenech (Julio Josep)
Christopher Evan Welch (Narrador)

Fonte ficha técnica e elenco www.adorocinema.com

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Garotas fotografadas


Certa vez li um conto onde garotas são fotografadas
Soube que garotas amam.
e que elas tomam cerveja.
que gostam de chocolates
e que amam ganhar no poker.
que sonham sonhar e que mais que ninguém sentem a realidade
e que num passe de mágica choram.
e num canto da mente chegam as estrelas
noutro ponto voltam para segunda-feira
que num piscar querem domingos Almodóvar
e que mais que qualquer um entendem Vírginia Wolf
que conversam com gatas.
e dizem que os anos 80 são os melhores.
soube que adoram suas idades e que só não falam
por charme.
Que respeitam e que por isso desafiam.
que são astronautas por natureza por quererem por-do-sois vermelhos ao som de helicópteros.
e que por mais que sejam garotas permitem que homens fiquem perto demais, tão perto e que poucos se dão conta disso.
que por eles ajeitam os caminhos para ficarem.
...
certa vez Li, um conto de garota fotografada.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Saia

sei não fazer verso
senão...
em barra de saia
rima poria.

iria de coração
as flores, nuances das cores
da falta de cor cheirar as gotas da chuva
de outono, que deslizaram nas sardas dela..

de lá sentiria não a falta, mas talvez um pouco
também do cá.
E de bem aqui sinto o eterno cheiro de chuva.

Rima poria
mas e a barra? Ah... a barra da saia.
se não...
seria ver só.

domingo, 17 de agosto de 2008

Meet Neil Gaiman


O VARREDOR DE SONHOS

Depois que os sonhos acabam, depois que você acorda e troca um mundo
de loucura e glória pelo trabalho diário, maçante e mundano, iluminado pelo dia,
pelas ruínas das suas fantasias abandonadas, vem o varredor de sonhos.
Quem sabe o que era quando estava vivo? Ou se, a propósito, já esteve
vivo alguma vez? Certamente, ele não responderá suas perguntas. O varredor fala
pouco, com sua voz áspera e lúgubre, e, quando fala, é quase sempre sobre o
tempo e sobre as perspectivas, vitórias e derrotas de certos times esportivos. Ele
despreza todo mundo exceto a si próprio.
Assim que você acorda, ele se aproxima e varre reinos e castelos, anjos e
corujas, montanhas e oceanos. Varre a lascívia, o amor e os amantes, os sábios
que não são borboletas, as flores de carne, o galope dos gamos e o naufrágio do
Lusitânia. Ele varre tudo deixado para trás nos seus sonhos, a vida que você
vestiu, os olhos pelos quais viu, o papel do exame que nunca foi capaz de
encontrar. Um a um, varre-os para longe; a mulher de dentes afiados que os
afunda no seu rosto; as freiras na floresta; o braço morto que fendeu pela tépida
água do banho; os vermes escarlates que rastejavam no seu peito quando você
abriu a camisa.
Ele varrerá tudo — tudo o que você deixou para trás quando acordou. E,
então, queimará o que acumulou, deixando o palco limpo para os seus próximos
sonhos.
Trate-o bem, se você o vir. Seja educado. Não lhe faça perguntas.
Aplauda as vitórias dos seus times, compadeça-se pelas suas derrotas, concorde
com ele sobre o tempo. Dê-lhe o respeito que o varredor acha que lhe é devido.
Pois há pessoas que ele, o varredor de sonhos, com seus cigarros
enrolados à mão e sua tatuagem de dragão, não visita mais.
Você já as viu. Elas têm bocas crispadas e olhos que fitam enquanto
balbuciam, choramingam e se lamuriam. Algumas andam pela cidade vestindo
molambos, seus pertences debaixo dos braços. Outras estão trancadas na
escuridão, em lugares onde não podem causar dano a si mesmos nem aos outros.
Não são loucos, ou melhor, a perda da sua sanidade é o menor dos seus
problemas. É pior do que a loucura. Elas lhe dirão, se você lhes permitir: são
aquelas que vivem, a cada dia, na ruína dos próprios sonhos.
E, se o varredor de sonhos abandonar você, ele nunca mais voltará.

Conto do livro Espelho e Fumaças Contos e Ilusões de Neil Gaiman

A Tradução é de Cláudio Blanc e é uma publicação da Editora Via Lettera

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Prestem atenção na mágica do lápis


Não foi nenhum blefe, Batman Cavaleiro das Trevas foi o melhor filme de super herói do ano ao lado de Homem de Ferro e ponto. Dito isto, foi um dos melhores filmes do ano em qualquer gênero, número e grau. Já tocando no assunto de número, bateu o record de bilheteria em em inúmeros países contando os EUA e cada novo fim de semana alguns outros se quebram.
Quanto a Heath Ledger acertei em cheio, quem fez mesmo o Coringa no Batman de Tim Burton?
Ele fez o trabalho que sempre se esperou vindo de um ator tão capaz e ainda mais com um personagem tão real
Christopher Nolan assumiu e respirou Batman em cada cena, por isso mais um toque de genialidade na direção. Quanto a Christian Bale não precisa dizer muito, ele é o Batman que todos esperavam, o que precisa ser dito é que ele convence e muito como Bruce Wayne, mesmo ainda tendo gostado muito de George Clonney, somente como senhor Wayne. Quanto a Michael Kane e Gary Oldman, grandes atores são o que são por respeitarem seus personagens.
Voltando ao filme, roteiro inteligente para um filme de entretenimento? Isso pode? Se não pode já foi e a bronca vem depois, um roteiro perfeito, atual e pra lá de inteligente, nesse ponto os roteiristas correram um risco, mas um risco pra lá de justo e graças a isso de agora em diante possamos ter melhores filmes de heróis finalmente e assim espero (se alguém tiver me escutando refaçam algumas coisas que fizeram com heróis brilhantes)
Crítica? Sim tenho, eu acredito em Harvey Dent, acho que poderia ser melhor explorado, mesmo tendo sido muito bem explorado (Sacaram o trocadilho politico? Brincadeira) para o propósito do filme.
Enfim, sendo fã, Batman é assim escuro, psicótico, obsessivo e puto da vida e o que é melhor com ótimos vilões. Se você não viu o filme esta esperando o que a fila tá grande.
Antes que me matem por falar mal de Jack Nicholson duas vezes e meu blog ser amaldiçoado por alguns fãs do eterno "Iluminado" cheguei a uma conclusão ele só não vai ser melhor que o Heath Ledger como Coringa, porque não ele não teve um ator a altura do seu talento para ser o herói que ele precisava, no caso Michael Keaton. Mais um mérito para o elenco e produção do novo Batman, o que ficará para a história.

sábado, 26 de julho de 2008

E não é que musical pode ser bom


Há alguns meses li um livro infantil do Tim Burtom, Quem é esse fulano? É um dos diretores mais cultuados pelos da minha idade, ele fez uns filminhos como por exemplo Edward mãos-de-tesoura, Planeta dos Macacos, a refilmagem, fez desenhos também, Noiva cadáver, Estranho Mundo de Jack. O top 3 dele na minha minha opinião é Batman, Peixe Grande e incrivelmente um dos melhores filmes que vi no ano Sweeney Todd.
Acho que estou ficando velho, desde de quando coloco um musical entre os melhores filmes do ano?
O filme tem uma das melhores cenas tanto em superação de interpretação, quanto em emoção do ano, realizada por Johnny Depp e Helena B.Carter, sobre o Depp é sem sombra de dúvidas um dos melhores atores do momento, se não o melhor.
Dizem que existem temas que já estão batidos, quer mais batido que vingaça? O Mr Burtom disse disse que queria batido, amaciado, com muito molho e fez o segundo musical que eu mais gosto.
Epa, disse que estava ficando velho por colocar um musical entre os melhores filmes do ano, pois bem, tenho algo a dizer sobre os musicais: Eles são como qualquer filme, e como qualquer filme eles não fogem as regras, ter um bom ROTEIRO, um ótimo DIRETOR e um excelente elenco, não nescessáriamente nesta ordem.
Uma ultima coisa, uma advertência, bons musicais valem o ingresso ou uma locação, como saber disso? Se o Tim Burtom for o diretor, ou Johnny Depp estiver no elenco vá sem medo.
Ah o livro que li era O triste fim do menino ostra, qualquer outro dia falo sobre ele. O meu musical número 1, o meu musical preferido?
Só uma dica, vão a uma locadora e aluguem Romances e Cigarros.

sábado, 12 de julho de 2008

Que não seja blefe!


Manilha? Full House? Blefe? Meu nome é Coringa, porra!
Há pouco menos de uma semana para a estréia, o filme do Batman O Cavaleiro das Trevas e o seu vilão é o mais mais falado. Num ano muito bom para os heróis (MARVEL) o que será do cavaleiro das trevas (DC)?
Será que suprirá todas as espectativas? Será que o diretor C. Nolan conseguirá manter digo, esfregar o ambiente de São Paulo, digo Nova York, ops Gothan City fétida em nossas caras? Pelo que dizem os que viram, conseguirá. So be it.
Agora uma coisa com certeza ele conseguiu junto com C.Bale e M. Cane, trazer de volta um herói que por pouco alguns quase estragaram. Agora como todo herói precisa de um grande vilão, e é no Coringa de H.Ledger que aposto as minhas fichas, dado o devido respeito a Jack Nicholson, ele tem bastante persongens para ser lembrado, não precisa ser lembrado como Coringa.
Peguem seus baralhos, tirem seus coringas e que nos encontremos na fila.
Boa briga, digo bom filme!