sexta-feira, 27 de abril de 2012

Crítica - Diário de um Jornalista Bêbado




San Juan em Porto Rico é uma cidade linda. No entanto, como a maioria dos países da América Central sofre com problemas sociais ainda hoje.

Em o Jornalista Bêbado filme que estreou no último fim de semana, a cidade porto riquenha, é onde se passa a produção, só que é uma San Juan da década de 60, porém os problemas de desigualdade latentes já estavam lá.

Neste cenário conturbado é que entra Paul Kemp (johnny Depp) jornalista contratado pelo The San Juan Stars, jornal local, talvez o último lugar no mundo que queira contratá-lo já que Kemp sofre com um problema sério com bebida, o que dá título ao filme.


Logo na sua chegada a sede do jornal, já dá de cara com uma manifestação de grevista. São e salvo dentro do prédio que abriga o jornal ele encontra personagens marcantes como Mobeg (Giovane Ribisi) alcoolatra e drogado e como não se fosse o bastante admirador do füher alemão Adolf Hitler. Outro que ele encontra é Sala (Michael Rispoli) um jornalista desajeitado, porém já inserido perfeitamente a sobrevivência que é o cotidiano da cidade. Estes dois acabam se tornando o ponto de referência de Paul Kemp.




Ele também acaba conhecendo, Sanderson (Aaron Eckhart), um ex-jornalista que se torna especulador imobiliário que não se importa nenhum um pouco com os cidadãos se a conversa for dinheiro e poder. Vive uma boa vida ao lado de sua namorada sensual Chenault (Amber Head).



O jornalista decadente e o promissor especulador encontram-se quando o último precisa de um jornalista para ajudá-lo a escrever positivamente sobre seu novo projeto.
Justamente neste momento começa surgir mais claramente as diferenças de valores entre os dois e para ajudar ainda tem uma mulher sedutora entre os dois.

O roteiro de Bruce Robinson que assina a direção é em cima de um livro do criador do estilo gonzo (estilo que mistura fatos jornalísticos com narração de coisas vívidas)) Hunter S Thompson. A San Juan retratada por ele nos faz praticamente sentir o cheiro das ruas e praticamente limpar o suor junto com os personagens.
Jornalista Bêbado possui momentos divertidos ainda mais quando estão juntos em cena Sala e Kemp. Aliás, a atuação de Rispoli é muito boa e faz um equilíbrio muito bom com uma atuação um pouco mais contida de Johnny Depp coisa que não difícil de se ver nos últimos anos. Vale dizer que é a segunda vez que Depp faz um persongem criado por Thompson seu amigo, já havia interpretado no filme Medos e Delírio de Terry Gilliam. É dele também a produção do filme.

Não é um filme excelente, mas é sem dúvida uma boa pedida para escapar dos filmes óbvios que pipocam por ai.


Diário de um Jornalista Bêbado

Diretor:Bruce Robinson
Roteiro:Bruce Robinson
Elenco:Johnny Depp, Michael Rispoli, Amber Heard, Aaron Eckhart, Giovanni Ribisi, Richard Jenkins, Marshall Bell,Amaury Nolasco.
Produção: Johnny Depp, Christi Dembrowski, Robert Kravis, Anthony RhulenGraham King.
Fotografia:Dariusz Wolski
Trilha Sonora:Christopher Young
Duração:120 min.
Gênero:Drama
Estúdio:Dark & Stormy Entertainment / FilmEngine / GK Films / Infinitum Nihil
Distribuidora:Vinny Filmes
Classificação:14 anos




domingo, 15 de abril de 2012

Crítica - Titanic 3D



Grandiosidade é o que define os filmes de James Cameron. Um baita exemplo disso é Titanic filme de 1997, que fez filas nas salas de cinema do mundo inteiro, quando lançado.



James Cameron,  também é um ótimo vendedor de seus projetos, além de ser um cara a frente de seu tempo quando se trata de tecnologias aplicadas no cinema, talvez seja isso o que ele faça de melhor. Juntando uma coisa na outra, neste fim de semana ele coloca em cartaz o filme de 15 anos atrás, só que agora em 3D. Tecnologia que poderia ter Cameron como sobrenome.




Coincidência ele estrear agora? Claro que não. Quer melhor data para estrear um filme sobre a tragédia, exatamente no centenário do que aconteceu.O Titanic afundo exatamente cem anos atrás no dia 15 de abril de 1912.



A primeira ideia era passar o filme para o 3D e colocar em cartaz em 2007, quando o filme completava dez anos, mas algumas complicações aconteceram e o filme teve sei lançamento adiado para esta data propícia para recuperar os 18 milhões de dólares investidos nesta conversão.





O próprio Cameron costuma dizer que ele apenas realçou o filme. A meu ver as imagens principalmente na primeira parte do filme melhoraram ficando mais limpas, dando a cara do 3D, agora a parte principalmente do naufrágio que era onde se espera mais do 3D, não achei que mudou muito.



Se você não viu no cinema em 1997, vá e veja a grandiosidade do filme em tela grande. De resto é uma história de amor, contada em um roteiro simples, bem amarrado em cima de fórmulas mais que usadas por ai, não disse que não funciona, porque funciona muito bem. Mas você tem que concordar que não é nada de extraordinário.






Quanto a Di Caprio e Kate Winslet, é um filme que ajudou muito na carreira deles sem dúvida, e onde podemos ver o quanto eles melhoraram suas interpretações ao longo dos anos.






Um filme feito para formar novos casais de namorados no cinema e sem dúvida para casais já formados.
Só aviso, é muito tempo para ficar com um óculos de 3D!


Abaixo colo alguns dados da grandeza do transatlântico original em que James Cameron  foi bem fiel fazendo este filme gigante!

- A construção do Titanic custou cerca de 7,5 milhões de dólares.
- A velocidade máxima do Titanic era 23 nós.
- O Salão da primeira classe foi inspirado no palácio de Versailles.
- Havia cerca de 45 000 quilos de carne a bordo.
- Pouco depois de zarpar em 10 de abril de 1912, quase colidiu com outro navio, o New York, isso causou polêmica sobre a segurança e capacidade de manobra do navio.
- Conta-se que um navio misterioso foi visto próximo do Titanic, nunca respondeu aos pedidos de socorre, seguiu curso.
- O bilhete da primeira classe custava 3 100 dólares e o da terceira 32 dólares.
- O Titanic recebeu várias mensagens de outros navios com relação a icebergs nas proximidades do seu curso de viagem.
- O Titanic tinha 268 metros de comprimento, maior que o mais alto arranha-céu de Nova York na época.
- 199 passageiros ou 60% dos passageiros da primeira classe sobreviveram. Da terceira classe foram 174 passageiros ou 25%. 32% de todas as pessoas. 




Titanic 3D


Diretor: James Cameron
Roteiro: James Cameron
Elenco: Leonardo DiCaprio, Kate Winslet, Billy Zane, Kathy Bates, Gloria Stuart, Bill Paxton, Bernard Hill.
Produção: Jon Landau, James Cameron
Trilha Sonora: James Horner
Fotografia: Russell Carpenter
Duração: 194 min.
Gênero: Romance
Cor: Colorido
Distribuidora: Fox Film
Estúdio: Twentieth Century-Fox Film Corporation, Paramount Pictures, Lightstorm Entertainment.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Crítica - O Príncipe do Deserto




Filmado no deserto da Tunísia, Príncipe do Deserto, narra a história de Nesib (Antonio Bandeiras), Emir de Hobeika contra Ammar (Mark Strong), Sultão de Salmaah justamente em um momento em que eles decidem fazer um tratado de paz, depois de uma guerra sangrenta, No acordo que uma parte chamada Faixa Amarela jamais pertencerá a um dos dois e conforme uma tradição local, para evitar que este acordo seja quebrado, os filhos de Ammar, Saleeh (Akin Gazi) e Auda (Tahar Rahim) serão criados por seu inimigo Nesib.



O acordo foi  mantido por anos, até que um dia o Emir de Honeika recebe a visita de uma americano de uma indústria petrolífera, que oferece a ele riqueza inimaginável se eles explorarem petróleo em uma parte do deserto que curiosamente é a Faixa Amarela. Eis a questão.




Jean-Jaque-Arnaud dos ótimos filmes Círculo de Fogo e O Nome da Rosa, foi o escolhido para assumir a direção deste bom filme embasando-se no roteiro escrito por ele mesmo e Menno Meyjes. Ele conta com boas interpretações que serviram exatamente ao propósito deste filme de deserto não deixando nada desejar.


O longa inspirado no livro do escritor Hans Ruesch, South of Heart, cujo os direitos de adaptação para o cinema estavam com o produtor Tarack Ben Ammar por mais de 30 anos, tamanho era o desejo do produtor em ver este filme nas salas de cinema.


A vontade foi realizada graças ao apoio de princesa do Catar, Mayassa Bint Hamad Al-Thani que após uma reunião com Ben Ammar e Arnaud cria Doha Film Institute com intuito do Catar ter uma indústria cinematográfica sustentável.

Uma outra curiosidade, os filmes Star Wars e Os Caçadores da Arca Perdida, passaram pelo mesmo cenário do Príncipe do Deserto por indicação de Tarak Ben Ammar. Se depender de cenário, o filme é repleto de ação.

Outra coisa importante que aconteceu no local dessas filmagens, foi o ato do de Mohammed Bouazizi  que ateou fogo ao seu próprio corpo o que desencadeou protestos que turou do poder o presidente da Tunísia Zine El-Abedin Ben Ali que estava no comando do país por mais de 20 anos.



Príncipe do Deserto é um bom filme para assistir comendo pipoca.




Prícipe do Deserto

Direção: Jean-Jaque-Arnaud
Tahar Rahim, Antonio Bandeiras, Mark Strong, Freida Pinto, Riz Ahmed, Akin Gazi e Liya Kebelde
Roteiro: Jean-Jacques Annaud, Menno Meyjes.
Produção: Tarak Ben Ammar
Fotografia: Jean-Marie Dreujou
Estúdio: France 2 Cinéma / Quinta Communications / Prima TV / Carthago Films S.a.r.l. / The Doha Film Institute
Distribuidora: Warner Bros.

Crítica - 12 Horas




12 Horas é um suspense, onde duas irmãs vivem juntas, uma delas Molly se dedica aos estudos e tem uma prova importante que está chegando, a outra Jill (Amanda Seyfried), é uma garçonete que trabalha no turno da noite e tenta recuperar sua vida social após ter sido sequestrada e quase morta, algo que ela nunca esqueceu.

Claro, para que se tenha o filme, o roteiro escrito por Allison Burnelt (Anjos da Noite - O Despertar) não vai ajudá-la a ter uma vida tranquila, já que um belo dia ela volta para casa e não encontra Molly, toda a paranoia que ela procura guardar explode e começa a pensar que o seu sequestrador voltou para persegui-la e raptou a sua irmã. Neste desespero Jill busca ajudar a irmã para que o pior não aconteça.


Um roteiro nada inovador, pelo contrário, bem mediano. É nesta hora que deve entrar figura do diretor para tentar nos contar esta essa história de maneira interessante. Função então de Heitor Dhalia que dirigiu O Cheiro do Ralo que gosto bastante e À Deriva filme que foi bem recebido em Cannes, que faz a sua estreia em Hollywood só que... a meu ver ele preferiu não correr nenhum risco e fez uma direção simples e básica demais, deixou de dar sua cara como em seus outros filmes que dirigiu.

No final das contas 12 Horas é um roteiro médio para fraco, uma direção na média. Amanda Seyfried em uma interpretação sem força. Resultado? Um filme mais do mesmo que estreia neste fim de semana.



12 Horas

Diretor: Heitor Dhalia
Roteiro: Allison Burnett
Elenco: Amanda Seyfried, Jennifer Carpenter, Daniel Sunjata, Wes Bentley, Sebastian Stan, Katherine Moennig, , Emily Wickersham, Joel David Moore, Jordan Fry, Michael Paré
Produção: Tom Rosenberg, Dan Abrams, Gary Lucchesi, Chris Salvaterra,Sidney Kimmel
Fotografia: Michael Grady
Gênero: Suspense
Cor: Colorido
Estúdio: Lakeshore Entertainment / Sidney Kimmel Entertainment
Distribuidora: Paris Filmes
Classificação: 12 anos




terça-feira, 10 de abril de 2012

Crítica - Xingu



"Orlando, Cláudio e Leonardo compuseram as vidas mais extraordinárias e belas de que tenho notícia.Pequenos-burgueses paulistas, condenadas a vidinhas burocráticas medíocres, saltaram delas para aventuras tão ousadas e generosas que seriam impensáveis, se eles não as tivessem vivido. Só se compara à de Rondon a façanha desses três irmãos que se meteram Brasil adentro por matas e campos indevassados ao encontro de índios intocados pela civilização..."  - Darcy Ribeiro




Esta é uma parte do prefácio de Darcy Ribeiro para o livro " A Marcha para o Oeste" escrito por Orlando (Felipe Camargo) e Cláudio (Jão Miguel) Villas-Bôas, uma das obras que serviram de inspiração para o filme Xingu que esta em cartaz nos cinemas do Brasil. No livro, Orlando e Cláudio contam a aventura deles junto ao seu irmão Leonardo(Caio Blat) quando e desbravaram o oeste brasileiro. 


Cao Hamburger( O ano em que meus pais saíram de férias)  consegue fazer um excelente trabalho colocando nas telas essa verdadeira aventura que sem dúvida é um capítulo importante da nossa história. Além disso consegue nos deixar mais próximos e curiosos sobre a vida destes três brasileiros que tanto lutaram pela proteção aos índios de nosso país.




No filme podemos ver a política do país naquele momento e como os Villas-Bôas lidavam com esta situação, além é claro da relação deles e o grau de envolvimento que eles tinham com os índios.


As atuações são boas. Destaco a atuação de Felipe Camargo(Jogo subterrâneo) e elogio o excelente interpretação de João Miguel (Estômago), que nos últimos filmes realizou trabalhos muito bons. O filme possui belas imagens, um bom trabalho de Adriano Goldman diretor de fotografia e de Cassio Amarante diretor que conseguiu reconstruir muito bem o modo que viviam os irmãos durante a Marcha.


É um filme que não se pode perder, mais um ótimo trabalho do cinema nacional,  uma aula de história nas telonas que instiga a saber mais sobre um assunto importante para cada brasileiro. Um tema sempre atual em um país que ainda vota código florestal e se tem notícias de índios queimados nas ruas.  



Xingu

Diretor: Cao Hamburger
Roteiro: Cao Hamburger, Elena Soares
Elenco: João Miguel, Felipe Camargo, Caio Blat, Maiarim Kaiabi, Awakari Tumã Kaiabi, Tapaié Waurá, Totomai Yawalapiti, Adana Kambeba
Produção: Fernando Meirelles, Andrea Barata Ribeiro, Bel Berlink
Direção de Arte: Cassio Amarante
Fotografia: Adriano Goldman
Trilha Sonora: Beto Villares
Duração: 102 min.
País: Brasil
Estúdio: O2 Filmes e Globo Filmes
Distribuidora: Downtown Filmes eColumbia Pictures