quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Crítica - 007 - Operação Skyfall

Por Alex Constantino



No ano em que a franquia cinematográfica inspirada na obra do escritor Ian Fleming  completa seu 50º aniversário, é lançado seu 23º filme, mais uma vez contando com Daniel Craig como o agente inglês.
No 3º capítulo dessa nova encarnação do personagem, é deixada de lado a continuidade estabelecida nos 2 filmes anteriores e acompanhamos o fatídico desfecho de uma missão de James Bond, que é dado como morto e, em consequência de seu fracasso, é revelada a identidade de vários agentes secretos do MI6 espalhados pelo mundo.
Concomitantemente,  a sede do serviço secreto inglês sofre um atentado e M (Judi Dench) vê sua posição ameaçada pela ingerência de Mallory (Ralph Fiennes), o novo presidente da Comissão de Inteligência e Segurança.
Com o MI6 sob ameaça externa e interna, M só pode contar com Bond, que retornando dos mortos, pretende auxiliá-la contra o misterioso Silva (Javier Bardem), um vilão do passado da chefe da agência que voltou para assombrá-la.
E com essa premissa, Operação Skyfall marca um certo distanciamento do tom “realista” que havia sido estabelecido nos capítulos anteriores dessa nova versão.
Se nos 2 filmes anteriores tínhamos um homem mais real numa situação mais real, agora vemos o retorno do personagem a um terreno mais fantasioso, mais próximo das histórias do Bond apresentadas anteriormente.
Por isso, as motivações e ações do vilão são mais cartunescas, assim como sua caracterização, que nas palavras de seu intérprete, possui uma mistura de perversidade e afetação.
Ele é tão afetado quanto seu próprio plano de vingança pessoal, que faz uso malsucedido de uma quantidade inimaginável de recursos e planejamento, sendo que haveria opções menos dispendiosas e muito mais simples e efetivas.
Visualmente a história é muito bem apresentada e as cenas de ação continuam bem realizadas, mas é um show de pirotecnia que se desenrola na superfície de um pires.
A reintrodução de alguns personagens e elementos clássicos não é lá muito inspirada, aparecendo mais como um afago aos fãs, como a apresentação do passado do protagonista e de sua relação com M, realizada de maneira formulaica e muito superficial.
É o que ocorre também com a simpática aparição do Aston Martin DB5 onde, toda vez que o veículo entra em ação, temos o retorno de uma trilha clássica.
Assim, para quem tinha gostado da versão mais realista pode ficar um pouco decepcionado, mas ainda continua sendo uma fonte divertida de entretenimento e um prato cheio para quem adora os personagens extravagantes que povoam as películas antigas.
Ah, e para os fãs da cantora Adele tem sua canção gravada especialmente para o filme e que embala os créditos iniciais.  Aliás, créditos estes que parecem um verdadeiro videoclipe da música e que é um resumo estilizado de toda a história que está prestes a ser assistida.

Direção: Sam Mendes
Roteiro: Neal Purvis, Robert Wade e John Logan
Elenco: Daniel Craig, Javier Bardem, Judi Dench, Ralph Fiennes, Naomie Harris, Ben Whishaw, Helen Mccrory, Bérénice Marlohe, Albert Finney e outros.
Diretor de Fotografia: Roger Deakins
Edição: Stuart Baird
Trilha Sonora: Thomas Newman
Duração: 143 min
País: Reino Unido/USA
Ano: 2012
Gênero: Ação
Previsão de Lançamento: 26 de outubro de 2012

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