domingo, 5 de junho de 2011

Ei EDUCAÇÃO, cadê você?


Educação
s. f.

1. Conjunto de normas pedagógicas tendentes ao desenvolvimento geral do corpo e do espírito.
2. Conhecimento e prática dos usos da gente fina.
3. Instrução, polidez, cortesia.


Educar
v.tr

1. Dar educação.
2. Criar e adestrar (animais)
3. Cultivar (plantas)
v.pron.
4. Adquirir os dotes físicos, morais e intelectuais que dá a educação.


Ana Flávia tem as bochechas mais gostosas do mundo, segundo sua mãe. Ela também tem 6 anos de idade, um uniforme passado em cima da cama e se prepara para o seu segundo dia na escola nova. A professora segundo ela é bonita e muito boazinha com os alunos...

Ele é branquinho, muito bem arrumadinho, é o tesouro da sua mãe. Ele também adora sair correndo quando não pode, morder chinelo e não obedecer ninguém quando passa um carro ou gente no portão. O nome dele é Tobi...

Ela. Ela é só papéis, papéis às pilhas e cafés aos litros. Afinal de contas as provas do 2°bimestres são muito importantes. Ela também é madrugada e solitária e quem coloca todos na cama, filhos e marido...

Amanhece. Os café na mesas e no potinho que está escrito Tobi. O menu é um pouco diferente para cada um, é claro. Porém, o horário de sair é igual.

O sol no rosto apenas realça a alegria rumo à escola. As mãos entrelaçadas todo o momento. A confiança e o cuidado as acompanha e Tobi ao lado. A escola chega e as mãos se soltam e cada uma vai para sua sala.

Na escola Ela é só avental e giz, conhecimento e sorrisos, atenção e cuidado, mãe e paixão pelo que faz.

Bochechas bem rosadas, cadernos impecáveis, uma das mais organizadas carteira da sala, ávida por aprender, preocupada em não decepcionar, amiga e alegre, uma das mais felizes da turma, esta é Ana Flavia.

Espera.Este é Tobi em frente ao portão da escola.

Sinal soa. Intervalo chega, com ele a raiva, o desespero, o julgamento desnecessário, a falta de controle. Tudo isso untado com falta de respeito neste caso representado por uma  Mãe de um aluno.

Ela como sempre sorri pelo corredor.

A Mãe de um aluno passa voando pelo corredor, mas chega atrasada em relação a raiva, esmurra a professora que cai e apanha sem saber o porquê.

Ana Flavia é bochecha pálida, é choro desesperado, e o susto espalha seu material pelo chão.

A tal mãe de aluno sai com com ar de superioridade puxando pelo braço o seu filho orfão de referência, e modelo.

Ela é socorrida. Ana Flavia chega ao seu lado, segura sua mão e com a mãe fica entrelaçada próximo ao chão até a ambulância chegar.

Tobi sentado ainda é espera e também esperança para que elas saiam da escola como sempre.

E eu,  já não me surpreendo com a notícia. Não mais. Apenas sempre, sempre me indigno com a falta de respeito, de bom senso de quem quer que seja que faça uma coisa dessas com uma professora.

Respeito por quem educa é básico tal como água e ar. Todos tivemos e teremos referências na vida. Tenho certeza que em tais momentos, pelo menos em um é, foi, será um professor.

*Texto feito após saber que mais uma professora foi agredida em uma escola.

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