Educação
s. f.
1. Conjunto
de normas pedagógicas tendentes ao desenvolvimento geral do corpo e
do espírito.
2.
Conhecimento e prática dos usos da gente fina.
3.
Instrução, polidez, cortesia.
Educar
v.tr
1. Dar
educação.
2. Criar e
adestrar (animais)
3. Cultivar
(plantas)
v.pron.
4. Adquirir
os dotes físicos, morais e intelectuais que dá a educação.
Ana Flávia
tem as bochechas mais gostosas do mundo, segundo sua mãe. Ela também
tem 6 anos de idade, um uniforme passado em cima da cama e se prepara
para o seu segundo dia na escola nova. A professora segundo ela é
bonita e muito boazinha com os alunos...
Ele é
branquinho, muito bem arrumadinho, é o tesouro da sua mãe. Ele
também adora sair correndo quando não pode, morder chinelo e não
obedecer ninguém quando passa um carro ou gente no portão. O nome
dele é Tobi...
Ela. Ela é
só papéis, papéis às pilhas e cafés aos litros. Afinal de contas
as provas do 2°bimestres são muito importantes. Ela também é
madrugada e solitária e quem coloca todos na cama, filhos e
marido...
Amanhece.
Os café na mesas e no potinho que está escrito Tobi. O menu é um
pouco diferente para cada um, é claro. Porém, o horário de
sair é igual.
O sol no
rosto apenas realça a alegria rumo à escola. As mãos entrelaçadas
todo o momento. A confiança e o cuidado as acompanha e Tobi ao lado.
A escola chega e as mãos se soltam e cada uma vai para sua sala.
Na escola
Ela é só avental e giz, conhecimento e sorrisos, atenção e
cuidado, mãe e paixão pelo que faz.
Bochechas
bem rosadas, cadernos impecáveis, uma das mais organizadas carteira
da sala, ávida por aprender, preocupada em não decepcionar, amiga e
alegre, uma das mais felizes da turma, esta é Ana Flavia.
Espera.Este
é Tobi em frente ao portão da escola.
Sinal soa.
Intervalo chega, com ele a raiva, o desespero, o julgamento
desnecessário, a falta de controle. Tudo isso untado com falta de
respeito neste caso representado por uma Mãe de um aluno.
Ela como
sempre sorri pelo corredor.
A Mãe de
um aluno passa voando pelo corredor, mas chega atrasada em relação
a raiva, esmurra a professora que cai e apanha sem saber o porquê.
Ana Flavia
é bochecha pálida, é choro desesperado, e o susto espalha seu
material pelo chão.
A tal mãe
de aluno sai com com ar de superioridade puxando pelo braço o seu
filho orfão de referência, e modelo.
Ela é
socorrida. Ana Flavia chega ao seu lado, segura sua mão e com a mãe
fica entrelaçada próximo ao chão até a ambulância chegar.
Tobi
sentado ainda é espera e também esperança para que elas saiam da
escola como sempre.
E eu, já
não me surpreendo com a notícia. Não mais. Apenas sempre, sempre
me indigno com a falta de respeito, de bom senso de quem quer que
seja que faça uma coisa dessas com uma professora.
Respeito
por quem educa é básico tal como água e ar. Todos tivemos e
teremos referências na vida. Tenho certeza que em tais momentos,
pelo menos em um é, foi, será um professor.
*Texto
feito após saber que mais uma professora foi agredida em uma escola.
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