quinta-feira, 7 de junho de 2012

Ouro Negro




A Arte é viva e se mistura. Uma parceria urbana. 


Acho de extrema importância que as várias expressões artísticas se conversem. Ainda mais quando o assunto é o nosso mundo, a nossa cidade. 
Um bate-papo propiciou uma parceria urbana que muito me agradou. 
Com a junção do talento de William Mophos e algumas palavras minhas nasceu o trabalho que vocês podem conferir abaixo: 


Quadro de William Mophos




Ouro Negro

"A ganância vibra, a vaidade excita..."

Criolo



Red, Black, Blue, Golden Label todos em cima da mesa, pessoas no chão, jogadas a volúpia que o dinheiro traz. Era festa, uma fusão bilionária, tinha que ser comemorada no melhor motel da cidade.

Peitos ao leo, ao Leo, Dinho, Richard, Manuel, Amamoto, Al Sid, El... era uma festa globalizada.
Nada de Whisky caubói, eram gelos para todos os lados, como na geleira que encontraram o ouro negro, tudo era ouro negro, era tudo que importava...

Aquecimento global, vilas, cidades inundadas...pouco interessava,,, Dow Jones em alta, festa na certa. Ferraris, mansões, piscinas aquecidas, cachoeiras artificiais, diamantes, os maiores da Africa, em troca de uma noitada de sexo.

A sigla da nova empresa era gigante e o mundo pequeno para se gastar tanta ganância.

Mundo este também com uma validade já quase expirada, quase respirando por aparelho, como se os seus pulmões estivessem cheios de fumaça de refinarias.

A festa acaba, a ressaca levanta com os sócios da mais nova maior petrolífera do mundo. O trânsito em SP não anda, eles riem, também pudera, destes sócios o que importa é dinheiro, porque deles, nenhum, ninguém vai pro céu.


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