Acendeu a
luz improvisada.
Levantou-se,
escondeu suas cicatrizes, com o movimento de seus
músculos
ao se espreguiçar.
Deixa o
quarto lentamente arrastando os chinelos sem preocupação
no chão de
barro batido.
Passa pelo
corredor que tem pouco mais de três palmos de
extensão,
chega ao quarto da pequena, lhe dá um suave beijo.
Resmunga
qualquer coisa com a mulher e depois lhe beija
ardentemente,
se torna mais homem.
Come alguma
coisa e se fortalece.
Deixa a
mesa.
Vai ao
quarto, começa escutar a sirene.
Então
coloca sua armadura, calça jeans desbotada arregaçada
até os
joelhos, camisa enrolada na cabeça e pega em baixo do
travesseiro
a sua arma do dia a dia.
Sai do
quarto, com os pés no chão, para sentir melhor a frieza e o
calor
natural da terra.
Deixa seu
barraco, desce lentamente as escadas estreitas que o
levam do
morro à civilização.
No meio do
caminho coloca a mão na cintura em cima da arma, ao
avistar seu
oponente vestido de cinza e com o quepe para trás.
No meio da
escada se encontram, puxam suas armas e o barulho
das espadas
dançando é escutado por todo o morro e cidade até o
amanhecer
do próximo dia.
A luta
termina, um corpo cai.
Um quarto
fica vazio.
Uma
criança, sem pai.
Seja de um
lado ou do outro.
É mais um
dia.
Mais um dia
de luta.
E mais uma
luta no dia e assim segue.
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