Costumava ler contos de garotas, mulheres fotografadas.
Agora pelos 40 mudei de leitura.
Busquei algo mais incompreensível, Contos de sonhos fotografados.
E neles pude ver a poeira. E sonhos são assim feito de poeiras. De pedras que se colocam por cima.
Mas sempre existem placas tectônicas, coração tectônico que pulsa e chacoalha a pedra, pedras e mandam a poeira para o espaço.
Que fazem você olhar pra cima. E a poeira está em casa. Se junta com outra poeira de estrelas e viajam Ali pra cima e encontram pedras.
Rocha que voa. Rochas que voam. Junto com o olhar.
E sonham.
E num segundo como num teletransporte aparece como se fosse em outro tempo.
Num cotidiano frenético.
Te olha de longe como querendo te mostrar que estão meio que numa onda gravitacional e que sempre estarão no mesmo universo em movimento.
Que te puxa pra perto num baile que nós podemos entender.
Num olhar que muda de cor no café da manhã como se tivesse uma galáxia de sonhos dentro dele.
Que me aconselha a me embrenhar num mundo desconhecido para melhor me conhecer e me deixar tão perto.
Ao mesmo tempo me chama pra pegar aquele bicho que voa.
Mais quântico que isso impossível.
Que prefere um mundo sem maquiagem mas com carros que voam assim como seus sonhos por um espaço infinito de descobertas
Que vão voando Ali com poeira de estrelas, com as Rochas, com pensamentos, com paixão, com o mesmo brilho que tanto amo.
Que me mostra um universo imenso, misterioso assim como quando nos conhecemos.
Certa vez, Li, um conto...um sonho fotografado.